O hetero gay que atacou Jonas e Emanoel em Manaus
O ataque a um casal homossexual em Manaus no sábado escancara desejos reprimidos. Ninguém ataca seu semelhante por questões sexuais sem que certo tipo de comportamento - como um homem beijar outro homem ou a mulher beijar outra mulher - exponha a fotografia explícita de seus segredos.
Parece cada vez mais claro que todo homofóbico é gay e se penitencia pelos desejos que sente e que julga incompatíveis com sua alegada masculinidade.
A violência contra casais gays é a exposição de um dilema: assumir a homossexualidade ou explodir em ódio contra uma face de seu rosto que o agressor não quer revelar. É uma rejeição de si mesmo, que explode em violência, como a perpetrada contra Emanoel e Jonas ( Veja relato abaixo).
Qual é o problema de Emanoel e Jonas se amarem? Nenhum. Ninguém tem nada com isso.
A homossexualidade só incomoda a heteros que, no fundo, sabem que tem um lado feminino, mas não têm coragem de assumir.
Fechar o armário, invés de abri-lo, explica a explosão de ódio e os tiros dados em Jonas e Emanoel.
Quando prenderem esse hetero gay, vão descobrir, muito provavelmente, que ele tem um desejo reprimido…
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.