Morre, aos 56 anos, Arthur Maia, referência do baixo no Brasil
RIO — Morreu nesta tarde, aos 56 anos, Arthur Maia, uma das referências do baixo elétrico no Brasil. O músico sofreu uma parada cardíaca e foi levado para UPA Mário Monteiro, em Niterói, mas não resistiu.
Sobrinho do lendário Luizão Maia, da banda de Elis Regina, com quem aprendeu as primeiras técnicas no baixo, Arthur acompanhou, ao vivo ou em estúdio, alguns dos nomes centrais da MPB, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Djavan, Gal Costa, Ney Matogrosso, Luiz Melodia e Ivan Lins. Também integrou grupos como a Banda Black Rio, Egotrip e o quarteto instrumental Cama de Gato, ao lado de Mauro Senise, Pascoal Meirelles, Romero Lubambo e Nilson Matta.
Primo de Arthur, o também baixista Zé Luís Maia disse ter sido pego de surpresa pala notícia:
— Foi uma parada cardíaca fulminante, tentaram reanimá-lo, mas não conseguiram. Ele era fantástico, a melhor pessoa e músico que conheci, ele e meu pai, o Luizão. E ambos faleceram com 56 anos.
Dono de uma técnica apurada e repleta de versatilidade, Maia trafegava com excelência por gêneros como a MPB, o pop, o jazz e a black music. O músico também atuou como arranjador, produtor e foi secretário de cultura de Niterói de 2013 a 2016.
Sua estreia na carreira solo foi com o disco "Maia" (1990), que lhe rendeu um Prêmio Sharp de Música na categoria revelação instrumental. Ele ainda gravou álbuns como "Arthur Maia" (1996) e "Planeta música" (2000).
ASSUNTOS: arthur maia, Famosos & TV