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Profissionais do mercado de sexo vendem acesso às suas vidas privadas pelas redes sociais

Por Portal Do Holanda

22/03/2017 21h46 — em
Tecnologia


Foto: Reprodução

Desde a abertura de sua conta privada no Snapchat, no ano passado, mais de mil pessoas compraram uma assinatura permanente para ter acesso ao canal. Com isso, seus fãs podem vê-la nua regularmente, além de passar a ter acesso à vida privada de Blue. "Você pode bater papo comigo quando quiser", diz a moça.

As redes sociais são o mais novo mercado de compra e venda de sexo - real e virtual. Mas a nova geração de profissionais do setor está descobrindo que seus admiradores se interessam tanto por seus corpos como por suas compras diárias, piadas sem graça e bichos de estimação.

Para pesquisadores, esse novo tipo de comércio é interessante porque reflete uma tendência mais ampla de como as mídias sociais estão mudando nossas relações.

Para além do ramo do sexo, as mídias sociais estão deixando menos nítidas as diferenças entre aqueles com quem temos ou não uma relação "real".

Celebridades como Kim Kardashian e Taylor Swift possuem exércitos de seguidores devotos que devoram cada atualização delas no Instagram. Mas aplicativos como o Snapchat, que incentivam a troca de mensagens pessoais, podem dar um tom mais pessoal - e até recíproco - a algumas relações.

Mudanças de conceitos

A internet mudou o conceito de profissional do sexo, afirma Sanders, que estuda essa indústria há mais de 15 anos.

Trabalhar com sexo já significou trocar sexo por dinheiro, mas hoje há vários níveis de interação sexual - do contato físico à interação por meio de uma tela. E isso estimula o engajamento de pessoas que talvez nunca tivessem considerado entrar nessa indústria.

"Você tem profissionais que se dedicam à prostituição tradicional e complementam a renda com shows na webcam ou sexo por telefone", diz Sanders. "Há ainda quem faça tudo isso, e pessoas que não se envolvem em contato direto."

Os shows eróticos via webcam surgiram logo no começo da internet. As "camgirls", como as garotas que fazem as performances são conhecidas, se tornaram até subcelebridades (também há homens no ramo, mas em número menor).

As apresentações ao vivo de "cybersexo" se popularizaram no final dos anos 1990, sobretudo pelo imediatismo da experiência na comparação com a pornografia pré-gravada, mas também porque havia uma interação básica entre performer e expectador.

Sanders lembra ainda que o número de pessoas buscando profissionais do sexo aumentou porque interagir por meio de uma tela é mais fácil psicologicamente do que o contato pessoal.

"As pessoas podem dizer que não estão fazendo nada de errado e não se sentir culpadas por estarem estragando seus relacionamentos", diz.

Nos últimos anos, a indústria do sexo foi atrás de seus clientes nas redes sociais. Um dos aplicativos mais populares para isso é o Snapchat, um serviço de mensagens instantâneas onde se pode compartilhar temporariamente fotos e vídeo antes que desapareçam em um curto intervalo de tempo. Conteúdo: BBC Brasil.


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

ASSUNTOS: redes sociais, snapchat, Tecnologia

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