Hotel Ariaú: uma grande perda para o Amazonas
Manaus/AM - Foi com sentimento de tristeza que recebi a notícia do decreto de falência Hotel de Selva Ariaú. Ainda tinha esperança de que o empreendimento, que já foi um dos nossos principais cartões postais e um dos maiores atrativos turísticos do mundo, voltasse à ativa e recuperasse o prestígio que teve em seus tempos áureos. Mas, desta vez, o turismo perdeu um dos seus principais expoentes.
Idealizado na década de 80 pelo empresário Francisco Ritta Bernardino, o Ariaú foi pioneiro no segmento de hotéis de selva no Brasil com uma estrutura inovadora, simplesmente porque foi construído sobre palafitas de madeira à altura da copa das árvores. Por lá, passaram celebridades, políticos e esportistas do mundo inteiro, que ficaram encantados com a experiência vivida no hotel.
Para a nossa tristeza, em 2015, o Ariaú, que considero o “Teatro Amazonas” dos hotéis, fechou as portas e, hoje, está em um cenário triste, em meio às ruínas e abandono, que nada lembra os tempos em que recebeu o bilionário Bill Gates, os atores Jennifer Lopez e Arnold Schwarzenegger, e o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter. É uma situação desoladora.
Desde que começou a passar por problemas financeiros, ainda em 2001, acredito que o Estado, como indutor de negócios, poderia ter agido para evitar que o empreendimento chegasse ao ponto que está. Uma política pública voltado ao segmento turístico - concessão de crédito, impostos diferenciados, fomento e apoio para a manutenção de empregos - seria viável, mas pouco se fez e se faz pelo setor.
O Ariaú fechou as portas porque não teve o amparo necessário, por parte do poder público, como “indústria” que era e olha que desde o início das dificuldades financeiras do hotel, tivemos sete governadores - alguns com mais de um mandato. Pela falta de comprometimento com o turismo, perdemos o nosso majestoso hotel de selva, uma grande uma lástima.
Por uma política pública voltada ao turismo, Turismo Eu Acredito!
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