Governo do Amazonas discute novos rumos para a economia do Estado
O governador José Melo reuniu-se na manhã desta quarta-feira, dia 8 de abril, com representantes de entidades de classe da indústria, comércio e setor primário, além de empresários, na sede do Governo. A iniciativa faz parte da estratégia do Governo em envolver os setores produtivos do Estado no enfrentamento à atual crise econômica e na busca de uma nova política de diversificação da matriz econômica do Amazonas.
A ideia do Governo do Amazonas é criar grupos setoriais para discutirem com o setor público os novos caminhos da economia do Amazonas. A reunião começou com um balanço sobre o cenário macroeconômico brasileiro e as dificuldades do Estado em função da crise. Em seguida, o governador falou sobre as medidas implementados na Reforma Administrativa e os ajustes para manter o equilíbrio fiscal e, por fim, ouviu as sugestões dos empresários.

“Vamos, agora, juntar as atividades econômicas para criar grupos comuns para tentarmos vislumbrar horizontes de saída e manter o Estado no formato que está e a economia também. Espero que encontremos, juntos, soluções para esse momento difícil. Mais ainda o nosso Estado, porque, no momento de crise, todas as pesquisas já indicam que o consumidor está variando o seu caminho para outros tipos de bens, que não os produzidos aqui, priorizando as coisas mais básicas como alimentos”, ressaltou o governador ao destacar os ajustes realizados no âmbito estadual. “Fizemos uma reforma, cortamos na carne, reduzindo quadros e secretarias, fazendo o dever de casa com relação à parte fiscal, a tarefa de arrecadar mais sem aumentar os impostos, sem ter que irmos aos salários”, completou.
O governador pretende reunir ainda com outros segmentos da sociedade, a exemplo da comunidade científica, economistas, entre outros. Posteriormente, por meio da Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Seplanct), os representantes serão convocados para câmeras setoriais que envolverão propostas para não apenas superar as dificuldades momentâneas, mas também criar uma política de diversificação da matriz econômica que não dependam exclusivamente dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus.
“Não vamos envolver somente empresários. Vamos envolver também a comunidade científica, a Suframa, a sociedade como um todo, para trabalhar junto conosco na questão da diversificação
De acordo com Lobo, o Governo do Estado vê com preocupação o atual momento econômico que já reflete na queda da arrecadação no primeiro trimestre, em R$ 237 milhões, e que pode chegar a R$ 1 bilhão até o fim do ano. “Todos os indicadores macroeconômicos brasileiros, nesse instante, são desfavoráveis e por conta disso os efeitos sobre a economia do Estado do Amazonas também são extremamente prejudiciais. Por conta disso, entendemos que dentro desse quadro temos apenas duas alternativas, que é melhorar a eficiência da arrecadação sem aumentar a carga tributaria e racionalizar gastos. É nesse sentido que a Reforma Administrativa foi concebida e está sendo implementada”.
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