Mãe e madrasta suspeitas de matar criança tentaram simular queda para ocultar crime
Manaus/AM - A polícia deu detalhes chocantes do caso de uma menina de cinco anos, que foi supostamente assassinada pela mãe, Rafaela Coelho Ramires, 22, e pela madrasta Vitória Coelho Dutra, 25, no bairro Tancredo Neves, na zona leste, na madrugada dessa quarta-feira (27).
Conforme o delegado Fernando Damasceno, as suspeitas levaram a criança para o Hospital Joãozinho, na zona leste, sob o argumento de que ela havia caído no banheiro da casa e batido a cabeça. Contudo, a menina já estava morta e as marcas no seu corpo evidenciava que ela tinha sido muito agredida.
"Ela já chegou em óbito, inicialmente, as responsáveis, que são duas mulheres, de 25 e 22 anos, que eram companheiras, uma delas sendo mãe da criança, elas narraram que a criança teria sofrido uma queda no banheiro por conta do piso escorregadio. Ela bateu com a cabeça e por conta disso levaram ali ao hospital.", contou.
"No entanto, os médicos identificaram diversos hematomas por todo o corpo da criança, inclusive, hematomas antigos. Posteriormente ,com uma avaliação mais minuciosa dos médicos, foi verificado indícios de que ela teria sofrido inclusive agressões na região cervical, características de um estrangulamento", explicou.
O delegado Ricardo Cunha, revelou que as mulheres já estavam sendo monitoradas pela Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e Conselho Tutelar, por denúncias de maus-tratos, e em decorrência disso, elas acabaram mudando de endereço.
"Há um histórico grande de agressões por parte dessas mães, essas mães já estavam sendo monitoradas pelo Conselho Tutelar, já tinham procedimentos na Depca de maus-tratos contra essa criança. Inclusive, elas estavam recentemente nessa residência porque os vizinhos do local anterior onde elas moravam estavam fazendo diversas denúncias de espancamentos, de abusos, de palavrões, de ofensas".
A criança foi tão agredida que sofreu lesões e hemorragias internas no fígado, nos rins e no abdômen, além do estrangulamento. Para o delegado Guilherme Torres, o caso é considerado extremamente chocante até para a polícia.
"A Delegacia de Homicídios, de janeiro até agora, já prendeu 145 homicidas, mas quando a gente ouve um caso desse, é chocante, porque a gente sabe que foi de uma a covardia tremenda. Essa criança que já havia sido maltratada (...) infelizmente o pior aconteceu e a criança faleceu muito provavelmente de esganadura, mas ela já tinha muitas lesões pelo corpo, então demonstra que ela já havia no processo de sofrimento", enfatiza.
As mulheres estão presas e vão responder pelo assassinato da criança. Elas devem permanecer na cadeia e enquanto isso, a polícia trabalha nos detalhes do crime para apresentar os laudos periciais à Justiça.
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