Professor da UEA desenvolve pesquisa sobre pesca sustentável de camarão
Desde 2011, o Centro de Estudos Superiores de Parintins (Cesp) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), vem realizando estudos sobre crustáceos, como caranguejos e camarões de água doce (decápodos dulcícolas) no município. As pesquisas do Lecam visam conhecer a diversidade biológica da Amazônia e promover recursos para manejo e cultivo de espécies de crustáceos comercializados em Parintins, sem causar danos ao ambiente. Os estudos são implementados pelo Laboratório de Estudos de Crustáceos da Amazônia (Lecam).
O professor doutor da UEA, Fabiano Gazzi Taddei, responsável pela linha de pesquisa do Lecam afirma que as espécies catalogadas pelo laboratório são pouco estudadas. “A espécie nativa Macrobrachium amazonicum é resistente aos diversos climas do Brasil, independente da água salobra para a reprodução e, por estes motivos, na comunidade científica, é considerada como a espécie de maior potencial econômico”.
Com a aproximação do Festival Folclórico de Parintins, realizado no mês de junho, é comum que muitos moradores e turistas movimentem uma importante cadeia econômica na região, que é a culinária. O tacacá, prato tradicional preparado com camarão, é um dos mais consumidos na época.
A linha de pesquisa de Taddei objetiva desenvolver um método de manejo comunitário e sustentável para a pesca do camarão pelas comunidades da região de Parintins, localizada na margem direita do rio Amazonas.
“Na Região Amazônica, a pesca artesanal dos camarões é uma atividade que é transmitida por gerações, e a implantação de um projeto de manejo eficiente, associado à fiscalização efetiva, que é fundamental para a manutenção da renda dos ribeirinhos”, explicou.
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