Trump acusa Putin de matar civis e promete reforço militar à Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (8) que está "muito descontente" com Vladimir Putin e ameaçou a Rússia com novas sanções. A declaração vem uma semana após o republicano anunciar a suspensão do envio de armamentos considerados vitais para a Ucrânia enfrentar a invasão russa. Segundo Trump, o presidente russo "fala muita bobagem" e não demonstra esforço por um cessar-fogo.
Trump revelou que voltou a falar com Putin por telefone na semana passada e, poucas horas depois, a Rússia lançou o maior ataque aéreo desde o início da guerra. A ofensiva parece ter influenciado o presidente americano a reavaliar sua posição: ele confirmou o envio de sistemas antimísseis Patriot à Ucrânia e afirmou que "Putin mata muita gente" e que, por isso, decidiu liberar o envio de armamentos defensivos.
Apesar de ser crítico da política externa intervencionista, Trump ordenou ao chefe do Pentágono, Pete Hegseth, que pressione as empresas americanas a acelerar a produção de armas. O republicano também disse estar avaliando um projeto de lei que impõe novas sanções à Rússia. A proposta é patrocinada pelo senador Lindsey Graham e visa pressionar Moscou por um acordo de paz, o que poderia fortalecer a imagem de Trump como pacificador.
Se aprovadas, essas serão as primeiras sanções impostas pela nova gestão de Trump, que retornou à Casa Branca em janeiro. Durante seu primeiro mandato, a relação entre ele e Putin foi marcada por altos e baixos. Agora, a pressão por uma resposta mais dura à Rússia ganha força, especialmente após avanços dos esquemas de evasão de sanções revelados por investigações recentes.
Segundo o New York Times, a ausência de novas restrições nos últimos meses facilitou o envio de equipamentos militares e componentes eletrônicos à Rússia por meio de empresas de fachada. Durante o governo de Joe Biden, milhares de sanções foram aplicadas, mas com eficácia limitada. A nova ofensiva de Moscou reacendeu o debate sobre o papel dos EUA na guerra e as estratégias para contê-la.
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