Família de homem que matou CEO é dona de império nos EUA; saiba mais sobre o caso
Luigi Mangione, acusado de assassinar a tiros Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare no início do mês, vem de uma das famílias mais influentes de Maryland, nos EUA. O caso está ganhando grande repercussão e o atirador chegou a ser considerado como um "herói" por parte do público nos Estados Unidos, levantando debates sobre o sistema de saúde no país.
A família Mangione possui um império que inclui propriedades, lares de idosos, campos de golfe e uma fundação filantrópica. Aos 26 anos, Luigi tinha uma formação impecável e um futuro promissor, mas sua prisão na Pensilvânia chocou a todos. Embora bem-educado e com uma trajetória promissora, Luigi parece ter abraçado uma revolta profunda contra o mundo corporativo, o que resultou no assassinato que abalou os Estados Unidos.
No caderno encontrado pela polícia, Luigi descreveu a intenção de cometer um assassinato “preciso”, evitando vítimas inocentes. Ele chegou a considerar o uso de uma bomba, mas descartou a ideia. Suas anotações expressam revolta contra o sistema de saúde dos EUA, que, segundo ele, beneficia corporações e não melhora a qualidade de vida da população.
A prisão ocorreu cinco dias após o crime, em frente a um hotel em Nova York. A caçada policial mobilizou helicópteros, cães farejadores e câmeras de vigilância até que Luigi foi identificado em um McDonald’s na Pensilvânia. Impressões digitais no local do crime corroboram sua ligação com o caso, mas seus advogados afirmam que ele se declarará inocente.
Os motivos do crime ainda estão sob investigação, mas as críticas de Luigi ao setor de saúde corporativo levantaram debates sobre as motivações por trás do assassinato. Ele descreveu uma reunião de investidores da empresa de Thompson como “uma convenção de parasitas tacanhos”.
A defesa de Luigi planeja lutar contra sua extradição para Nova York, onde ele pode ser julgado por assassinato. O processo, segundo especialistas, pode se estender por várias semanas. Enquanto isso, a família Mangione mantém silêncio, limitando-se a expressar choque e pesar pelo ocorrido.
O avô de Luigi, Nicholas Mangione Sr., construiu a fortuna da família a partir de origens humildes como filho de imigrantes italianos. A influência dos Mangione se estende por Maryland, com inúmeras doações a hospitais e instituições religiosas. Contudo, o envolvimento de Luigi no crime manchou a reputação da família.
Amigos próximos, como Tracy L., usaram as redes sociais para defender o suspeito. Em um vídeo no TikTok que viralizou, Tracy relembrou momentos descontraídos ao lado de Mangione, chamando-o de um dos amigos mais confiáveis que teve. "Ele era a única pessoa que atendia minhas ligações no meio da noite e me acompanhava em aventuras aleatórias", escreveu ela, mostrando um vídeo de ambos procurando sorvete em um mercado. Outros amigos também expressaram preocupação e apoio online, afirmando que acreditam que a história foi deturpada.
Um amigo havaiano de Mangione destacou que, apesar de ativo,ele sofria com dores crônicas, que o impedia de viver normalmente. O problema teria surgido graças a um nervo comprimido por uma vértebra. "Ele sabia que namorar e ter relações íntimas não era possível graças ao problema que ele tinha nas costas", disse ao The New York Times o dono de uma das casas em que Mangione morou no Havaí, RJ Martin.
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