EUA voltam a atacar Houthis no Iêmen; Trump ameaça o Irã

Os Estados Unidos realizaram novos ataques aéreos contra os Houthis no Iêmen nesta segunda-feira (17), elevando para 53 o número de mortos nos bombardeios desde o início da operação militar. O presidente Donald Trump afirmou que o Irã é responsável pelos ataques dos rebeldes e prometeu "consequências terríveis". O governo iraniano nega envolvimento direto com as ações dos Houthis.
"O Irã se faz de 'vítima inocente' de terroristas desonestos sobre os quais eles perderam o controle, mas eles não perderam o controle. Eles ditam cada movimento, dando-lhes armas, fornecendo-lhes dinheiro e equipamento militar altamente sofisticado, e até mesmo a chamada 'Inteligência'. Cada tiro disparado pelos Houthis será visto, deste ponto em diante, como sendo um tiro disparado das armas e da liderança do Irã, e o Irã será responsabilizado e sofrerá as consequências, e essas consequências serão terríveis!", escreveu Trump no post.
A ofensiva americana, iniciada no sábado (15), tem como objetivo interromper ataques a navios cargueiros no Mar Vermelho, segundo Trump. O secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, afirmou que a campanha militar será "implacável" até que os rebeldes se desmobilizem. Autoridades americanas indicaram que os ataques podem continuar por semanas.
Os Houthis classificaram as ações dos EUA como "crime de guerra" e prometeram retaliação. O grupo afirmou ter disparado mísseis contra um porta-aviões americano, mas o Exército dos EUA não confirmou o ataque. O conflito se intensificou após os rebeldes retomarem ataques a navios comerciais, alegando solidariedade aos palestinos.
Trump reforçou sua política de pressão contra o Irã, impondo novas sanções e descartando negociações diretas. O aiatolá Ali Khamenei nega que o país esteja envolvido nos ataques e rejeita conversas com os EUA, afirmando que Trump busca apenas "enganar" a comunidade internacional.
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