O mundo do rock amanheceu em luto nesta sexta-feira (26) com a confirmação da morte de Perry Bamonte, músico que marcou época como guitarrista e tecladista da banda britânica The Cure. Aos 65 anos, Bamonte faleceu em sua residência durante o feriado de Natal, após enfrentar uma doença recente. Em comunicado oficial, a banda prestou uma homenagem emocionante ao colega, descrevendo-o como um artista "quieto, intenso, intuitivo e imensamente criativo", destacando que "Teddy" — como era carinhosamente chamado — foi uma peça vital e de "coração quente" na trajetória do grupo.

A trajetória de Bamonte com o The Cure foi longa e versátil. Embora tenha começado a colaborar com o conjunto ainda em 1984, foi em 1990 que ele se estabeleceu como membro integral, permanecendo na formação até 2005. Durante esse período de ouro, sua habilidade na guitarra, no baixo de seis cordas e nos teclados foi fundamental para a sonoridade de álbuns icônicos como Wish e Wild Mood Swings. Ao todo, o músico subiu aos palcos em mais de 400 apresentações oficiais, consolidando-se como uma das figuras mais confiáveis e respeitadas da cena pós-punk e alternativo.

Após um hiato de quase duas décadas fora da banda, o músico protagonizou um retorno celebrado pelos fãs em 2022. Nesta fase final de sua carreira, ele participou de mais 90 shows, reafirmando sua conexão com o legado de Robert Smith e companhia. A partida de Bamonte encerra um capítulo importante da música britânica, deixando um legado de discrição e talento que ajudou a moldar a atmosfera melancólica e única que define o The Cure há décadas.