Antes de apologia ao nazismo, Monark já colecionava polêmicas; veja
Demitido nesta terça-feira (8) do podcast Flow após a repercussão de uma fala com apologia ao nazismo, Monark não é inexperiente quando se trata de flertar com o nazismo e o racismo.
Em 2019, ele afirmou que "conversaria com Hitler de boa". "Como eu ja havia dito antes, eu conversaria ate com o Hitler em pessoa no Flow Podcast. Não existe assunto taboo, não existe pessoa proibida. Eu conversaria com um serial killer, sem problemas, dado as devidas precauções kkkkk.".
Em 2021, o youtuber cujo nome de batismo é Bruno Aiub, perguntou no Twitter se "ter uma opinião racista é crime". Na ocasião, ele próprio e o iFood, patrocinador do podcast na ocasião, pediram desculpas em nota. "Tanto para o iFood, quanto para o Flow, atos preconceituosos são inaceitáveis. Racismo é crime. A liberdade de expressão jamais deverá ultrapassar os limites da lei".
Agora, Monark pede desculpas justificando “estar bêbado” quando defendeu a existência de um partido nazista em nome da "liberdade de expressão" da extrema direita, ainda que a ideologia básica do nazismo ameace a vida de grupos como os judeus e os negros, a exemplo do holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.
As declarações de Monark causaram revolta nesta terça-feira, colocando o assunto no topo dos mais comentados no Twitter. Diversas personalidades e entidades repudiaram a declaração.
"Ideologias que visam a eliminação de outros têm que ser proibidas. Racismo e perseguições a quaisquer identidades não são liberdade de expressão. @tabataamaralsp perfeita na resposta, mas um detalhe: nazismo é contra a existência não só de judeus, mas de todos os "diferentes"", afirmou o perfil dos Judeus pela Democracia em nota.
Veja a nota do Museu do Holocausto: “Em 2020, em nome de um "antitabu", o apresentador de podcast Bruno Aiub, conhecido como Monark, disse que conversaria "sem problemas" com Hitler. Ontem (07), foi além: se disse favorável a legalizar o partido nazista e que pessoas deveriam ter o direito de serem "antijudeus". Respeitosamente, o convidamos a visitar o Museu do Holocausto de Curitiba. Será um prazer recebê-lo, @monark! Venha! Aqui, você perceberá que o nazismo foi muito além de pessoas exercendo, em suas palavras, o “direito de serem idiotas”.
"O nazismo prega a supremacia racial e o extermínio de grupos que considera 'inferiores'. Sob a liderança de Hitler, o nazismo comandou uma máquina de extermínio no coração da Europa que matou seis milhões de judeus inocentes e também homossexuais, ciganos e outras minorias. O discurso de ódio e a defesa do discurso de ódio trazem consequências terríveis para a humanidade, e o nazismo é sua maior evidência histórica", afirmou a Conib (Confederação Israelita do Brasil)
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