Justiça da Suíça confirma que havia sêmen de Cuca no corpo de menina
A Justiça do estado do Cantão de Berna, na Suíça, confirmou que havia sêmen de Alexi Stival, o Cuca, no corpo de uma menina de 13 anos, vítima de um estupro sofrido em 1987. Na época, Cuca tinha 24 anos e era jogador do Grêmio. O time fazia uma excursão pela Europa. Ele e mais três jogadores foram detidos sob acusação de terem tido relações sexuais com uma menor de idade, sem o consentimento.
Segundo o O Globo, a reportagem teve acesso ao processo de 1.023 páginas. Ao Globo Esporte, a diretora do Arquivo do Estado de Cantão de Berna, Barbara Studer, explicou que o caso está sob segredo de Justiça por um período de 110 anos, mas aceitou mostrar uma página do documento, que mostra o início da sentença proferida pelo Tribunal Criminal de Berna em 15 de agosto de 1989.
O jornal "Der Bund", que cobria o julgamento, publicou em agosto de 1989 que havia sêmen de Cuca no corpo da vítima e menciona que ela tentou suicídio depois do crime, informações que foram confirmadas por Barbara Studer. Também foi informado que a vítima reconheceu Cuca.
O documento, segundo o GE, mostra os nomes nomes dos quatro réus: Alexi Stival (Cuca), Henrique Etges, Eduardo Hamester e Fernando Castoldi – todos na época jogadores do Grêmio. Eles foram julgados e condenados por ato sexual com menor e coação.
Os quatro jogadores foram presos horas depois do crime, no dia 30 de julho de 1987, em presídios diferentes um do outro, e um mês depois pagaram fiança de 15 mil francos suíços, retornando ao Brasil.
Cuca, Henrique e Eduardo foram condenados a 15 meses de prisão por coação e ato sexual com menor. Fernando foi condenado a três meses de prisão, apenas por coação. Eles receberam uma pena condicional, quando o condenado não precisa ir para a prisão a não ser que cometa algum outro delito durante o período determinado pelo juiz.
Os nomes da vítima e das cinco testemunhas foram preservados.
Segundo o advogado suíço Peter Kriebel, no país, o crime de coação sexual é diferente de estupro. "Coação sexual é aplicar violência ou uma ameaça para fazer uma pessoa tolerar ou fazer atos sexuais. Estupro sempre contém o coito, a penetração".
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