Braga Netto chega ao STF para acareação com Mauro Cid sobre trama golpista
O general Walter Braga Netto compareceu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na manhã desta terça-feira (24) para participar de uma acareação com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ambos são réus na ação que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado e integram o chamado “núcleo crucial” de uma organização voltada à ruptura democrática, segundo a Procuradoria-Geral da República. Cid tem acordo de delação premiada com a Polícia Federal.
A acareação é um procedimento previsto em lei para confrontar pessoas cujos depoimentos apresentam contradições. Durante a audiência, os envolvidos respondem a perguntas e podem esclarecer divergências. Também estão previstas, ainda nesta terça, acareações entre o ex-ministro Anderson Torres e o general Freire Gomes, ex-comandante do Exército. Torres é réu no processo, e Gomes atua como testemunha.
As audiências foram solicitadas pelas defesas de Braga Netto e de Anderson Torres após os interrogatórios realizados nos dias 9 e 10 de junho. A defesa de Torres apontou divergências “em ponto nevrálgico” entre os relatos do ex-ministro e do general Freire Gomes. Já os advogados de Braga Netto alegam contradições entre o depoimento do general e as declarações de Mauro Cid.
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, autorizou a realização das acareações na última terça-feira (17). Os procedimentos ocorrem na sede do Supremo, em Brasília, e buscam esclarecer os detalhes da suposta trama golpista investigada no inquérito das milícias digitais.
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