Compartilhe este texto

Quando você morrer será lembrado...


Por Raimundo de Holanda

21/07/2025 19h41 — em
Bastidores da Política



Muita gente morre no Brasil. Em 2023, segundo o IBGE, foram 1,5 milhão de óbitos, uma média de 4 mil por dia. Mas pouco se ouviu falar das Marias e dos Antônios, dos Pedros e dos Andrés, dos Raimundos também... gente anônima que passou pela vida entre sombras, fracassos e medos, com o  silêncio como linguagem oculta em meio a grande sofrimento. Vozes não ouvidas, vidas não percebidas.

O comentário vem a propósito da larga repercussão dada à morte de Preta Gil. 

Num país atrasado, em que os políticos fazem tudo para manter a farsa  da busca da igualdade de direitos, na medida em que enterram o mérito, poucos são os que brilham. 

É preciso ter luz própria ou ser herdeiro de um nome. 

Ou ter a sorte de achar o veio de ouro - que vem do saber, das oportunidades criadas, do espaço conquistado mesmo contra os embaraços de sistemas indecentes de cotas, que estimulam a fuga de cérebros, enquanto o País embica no atraso.

Todo homem ou mulher que morre deveria ser lembrado. Primeiro, por ter existido. Segundo, porque vida e morte se conectam.

Siga-nos no

ASSUNTOS: Preta Gil

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.