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Quando Bolsonaro surpreende positivamente, riem e atiram pedras nele


Por Raimundo de Holanda

05/09/2021 17h20 — em
Bastidores da Política



Se Bolsonaro foi traído pela segunda mulher, conforme revelou um ex- funcionário da  família do atual presidente do Brasil, ele saiu da relação da forma mais civilizada possível - o que é surpreendente para o seu temperamento explosivo. Separou - se dela, dividiu os bens e cada um foi viver a sua vida. Mas os juízes da moral que se instalaram nas redes sociais não perdoaram o presidente, Os memes foram terríveis. Bolsonaro deve ter engolido a seco tanta ofensa.

Infidelidade é um tema delicado demais, explosivo demais. E inoportuno tratar de forma pública quando envolve a figura do chefe da nação. Mas a internet é um mundo de ninguém e de todo mundo. As pessoas dizem o que querem, vomitam  e cospem em si mesmas.

Mas voltando para o mundo de cada um, para as quatro paredes que escondem segredos, ninguém se sente seguro em uma relação a dois,.Há sempre a suspeita de que o outro (ou a outra) está traíndo. As relações são passageiras, se desfazem a qualquer tropeço. A infidelidade é o maior deles.

Não que todo mundo seja infiel, mas todo mundo suspeita de todo mundo, até daquele cara que diz:  “mulher de amigo meu para mim é homem”.  Quando ele diz isto, é  porque já olhou para a mulher do amigo e a desejou. Isso se torna mais grave ainda quando  a "mulher" do amigo é mesmo homem…

Infidelidade sempre existiu, mas nunca homens e mulheres se comunicaram tanto como agora, interagiram tanto, trocaram áudios e fotos picantes antes de se encontrarem cara a cara.

A internet é uma janela pela qual homens e mulheres pulam os muros, quebram paradigmas e esgotam suas energias no encontro de pele a pele, inebriados em cheiros e estímulos que a maioria não teria em casa.

Então, voltemos a velha questão milenar:  quem vai atirar a primeira pedra?

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.