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Pazuello em Manaus mostra que não conhece a guerra que estamos enfrentando


Por Raimundo de Holanda

11/01/2021 20h16 — em
Bastidores da Política



O general  Pazuello chegou em Manaus colocando ordem na casa, disse que quem  define quem está com Covid 19 é o medico e que o tratamento deve ser precoce. A Força  Aérea  trouxe  oxigênio, para alivio da rede hospitalar, já sem o produto. Cerca 500 profissionais de saúde estão chegando para montar o Exército da Salvação. Mas Pazuello entende de estratégia, não de guerra. Está, como nos primórdios da civilização, querendo matar o inimigo cortando o cartucho ao meio. É o que deseja fazer com a vacina - uma dose transformada em duas - que não  imuniza e pode potencializar  o vírus.

É mais uma vez os generais do governo Bolsonaro contra a ciência, que diz que devem ser aplicadas duas doses em certo intervalo de tempo, não meia dose. Falta ao general aprender a arte da guerra, uma guerra que o brasileiro nunca enfrentou de fato, falta entender a Amazônia, onde esteve sempre pouco presente, falta compreender o drama vivido pelos amazonenses, que precisam de vacina, não de meia vacina.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.