O risco de o eleitor ser enganado outra vez
- Com campanhas de esclarecimento no rádio e na TV, o TSE se distanciou da sociedade e "comanda" uma eleição cujo processo se desenvolve fora desses dois veículos, o que torna facilmente instrumentalizado nos canais de ódio que se expandiram com a internet. Nem o tribunal é democrático e atual. O campo é fértil para os que se movimentam nas sombras. Já fizeram um presidente, dezenas de governadores, inclusive o do Amazonas. Poderão agora fazer prefeitos e contribuir para o caos das cidades.
A campanha eleitoral em Manaus nem começou e já deram inicio a um processo de desconstrução de adversários com potencial de voto. O que menos parece interessar a um grupo de candidatos e seu principal financiador, é a cidade, sua gente e o futuro. Interessa o poder a qualquer preço e as “facilidades” que ele proporciona. Foi assim em 2018, está sendo assim agora, com menos chance de êxito, mas mesmo assim uma ação orquestrada, perigosa, que nega a verdade, subtrai o debate, atiça o ódio e desinforma.
No processo eleitoral os candidatos se expõem, não são expostos. Cabe ao eleitor fazer a triagem e, no final, a escolha. Mas o que se vê hoje é um grupo interessado em fazer julgamento, achincalhar, denegrir.
Se isso não é uma invasão da intimidade do eleitor e do candidato, é o que, então? E por que a justiça eleitoral é tão passiva ?
Com campanhas de esclarecimento no rádio e na TV, o TSE também se distanciou da sociedade e "comanda" uma eleição cujo processo se desenvolve fora desses dois veículos, o que torna facilmente instrumentalizado nos canais de ódio que se expandiram com a internet. Nem o tribunal é democrático e atual.
Esse distanciamento do TSE e dos TREs da realidade da comunicação nos dias atuais ajuda a fomentar canais de intriga e ódio e o movimento daqueles que só sabem mover-se nas sombras.
O campo, para estes, é fértil. Já fizeram um presidente, dezenas de governadores, inclusive o do Amazonas. Poderão agora fazer prefeitos e contribuir para o caos das cidades.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.