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O mau exemplo do Sinteam


Por Raimundo de Holanda

03/09/2020 20h31 — em
Bastidores da Política



A diretoria do Sindicato dos Professores do Amazonas (Sinteam), tem razão quando defende a adoção de medidas que garantam a segurança e a saúde dos professores e alunos em tempos de pandemia.Mas erra quando radicaliza, coloca cadeados nas escolas,  invade um órgão do governo e exige uma audiência que não foi marcada. Peca pelo excesso, pela provocação, pela falta de postura. E assume o risco de reações violentas, com todas as consequências daí derivadas. 

A direção do Sindicato tem que lembrar que não foi constituída para representar interresse de partido político. Cabe-lhe, apenas,  a defesa, dentro de regras republicanas, de seus associados.

A resistência a que professores retornem as salas de aula  tem algum fundamento - receio de contágio pelo coronavírus, mas essa parece ainda uma luta solitária da direção do sindicato, não compartilhada por 30 mil professores da rede estadual.

Entender esse descompasso entre sindicato e professores não é difícil: o coronavirus destruiu  muitas famílias, afetou a autoestima das pessoas  e o retorno ao trabalho não é apenas um desafio, é uma necessidade. 

Necessidade de recompor elos perdidos durante a pandemia. Claro que seguindo protocolos e, quando houver falhas, lutar para que sejam garantidos e respeitados. 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.