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O fracasso das igrejas evangélicas na eleição de vereadores


Por Raimundo de Holanda

25/11/2024 22h06 — em
Bastidores da Política



As igrejas evangélicas vêm atuando no cenário político com um claro projeto de poder. Mas a última eleição municipal revelou o fracasso de suas lideranças junto aos fiéis. Com 200 mil seguidores somente em Manaus, a Assembleia de Deus elegeu apenas três vereadores e sua contribuição para os candidatos majoritários não pode ser mensurada. 

A Universal, outra denominação com cerca de 100 mil seguidores,  fez um representante na Câmara Municipal, a Adventista 1, Restauração 1 e outras pequenas denominações também 1 cada.

O custo financeiro, as chamadas luvas "ofertadas" por políticos e que enriquecem pastores e obreiros, embora sabidamente alto, não pode ser aferido.

Mas o resultado da eleição de vereadores já revela que o caminho das igrejas  buscado pelos candidatos para atrair eleitores  não funciona. Não na medida esperada.

Mas isso nem sempre foi assim. Fieis eram vendidos em pacotes em tempos de eleição e tinham a presença confirmada na contagem dos votos. O que aconteceu ?  

O "problema" é a informação, que chega muito rápido e desconstrói o discurso do pastor de que aquele candidato foi o escolhido pelo Senhor para representar a igreja e o povo.

E a percepção de que pastor também mente e toma o nome de Deus em vão.

Não consta que as igrejas evangélicas estejam perdendo fieis. Ainda. Mas há a percepção desses fieis de que são usados para fins nada religiosos.

LISTA DE CANDIDATOS ELEITOS POR IGREJA:

Thaissa Lippi - Ágape
Eduardo Alfaia - Madureira
Joelson Silva, Roberto Sabino, David Reis - Assembleia de Deus.
João Carlos - Universal
Yomara Lins - Comunidade Evangélica do Avivamento.
Ralff Mattos - Nova Igreja Batista
Jander Lobato - Restauração
Jaildo dos Rodoviários - Adventista 
João Paulo Janjão - Miga Church 

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ASSUNTOS: . eleição 2024, Igrejas evangélicas

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.