Impeachment do governador Wilson Lima pode ganhar apoio de aliados
O pós pandemia vai ser talvez mais conturbado do que agora, com menos gente morrendo no Amazonas em consequência da Covid 19, mas com o inevitável crescimento da pobreza e um longo processo de desconstrução da política.
Nos próximos dois meses, com a vacinação imunizando parte da população, com consequente redução do confinamento, os movimentos de rua pró-impeachment do governador Wilson Lima estarão na ordem do dia. As ruas vão empurrar a classe politica para uma decisão que vem sendo comodamente retardada.
É bom para os políticos, especialmente os que fazem da politica um negócio, ter um governador fraco. Mas em meados deste ano será iniciado o processo político de 2022,e não dá para carregar nas costas um governador impopular, acusado de genocídio pela falta de oxigênio nos hospitais do Estado.
São incontáveis as mortes por asfixia e ainda tem a questão de que houve prática de eutanásia, que um grupo de médicos refuta, mas eles admitiriam se houvesse ou tivesse havido?
Eleição é um salve-se quem puder para quem tem mandato. Nesse cenário, que começa a ser montado em meados deste ano, Wilson não só atrapalha, mas é um empecilho a reeleição dos aliados de agora em 2022.
Fora isso, tem a ação da Procuradoria Geral da República contra o governador no Superior Tribunal de Justiça, que empacou não se sabe porque, mas é uma das razões pelas quais a justiça se desgasta, se compromete e é colocada sob suspeita.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.