É inverno e a Águas de Manaus contribui para o caos na cidade
Que Manaus precisa de uma rede de esgoto que assegure o usufruto de saneamento básico para toda a população, todo mundo sabe e deseja. Mas é preciso critério e planejamento na execução do projeto, especialmente em período de chuva, onde valas abertas para a colocação de tubos acabam resultando em problemas sérios para o trânsito e para a população.
A empresa Águas de Manaus age como se fosse dona da cidade, uma toupeira, escavando túneis que alimentam a propaganda de que vai tornar a cidade autossuficiente em água e saneamento, mas não consegue o mínimo necessário: tapar e asfaltar a buraqueira que provoca.
E seria impossível num período chuvoso, onde o solo, com grandes infiltrações d'água, se torna cediço, destruindo o asfalto.
A cidade tem prefeito e cabe à prefeitura agir, determinando que a empresa pare a colocação de tubos até o fim do inverno. Afinal, quem acaba responsabilizado pela destruição do asfalto e novas valas é o município de Manaus.
Ademais, há outras questões a considerar, para além da busca de saneamento básico que a empresa se propõe a oferecer. Manaus é entrecortada por igarapés, agora aterrados, mas que aqui e ali reaparecem.
O IPAAM aprovou o projeto, mas não fiscaliza, nem avalia se é exequível numa cidade cujo sobsolo é um grande lago.
Como essa é uma questão técnica e a burocracia do IPAAM se nega a discutir, então que ao menos a Prefeitura cumpra seu papel, determinando que a empresa suspenda o aterramento de tubos no inverno e dê continuidade ao trabalho no próximo verão.
Manaus agradece.
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ASSUNTOS: Águas de Manaus, inverno, Manaus, Saneamento básico
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.