Como lucrar com o voto contratando os melhores candidatos
Está cada vez mais difícil conquistar a simpatia dos eleitores. Eles estão mais exigentes, querem propostas, compromissos que a maioria dos candidatos - por falta de visão de futuro - não sabem como assumir.
O voto é um instrumento importante para a conquista de direitos. Ao conferi-lo a um candidato, o eleitor sente que está participando de um sistema de troca. Que haverá dividendos, ganhos sociais e abertura de caminhos que se fecharam nos últimos anos.
O voto é uma moeda que os políticos recebem em troca de uma serviço que deverão prestar em nome de toda a sociedade.
O eleitor não quer ter mais liberdade ou fortalecer o que a juristocracia consolidada no país chama de democracia (de palavras). Quer auferir ganhos: oportunidade de trabalho, educação de qualidade, saúde e lazer. Tudo o que a politica faz, mas em benefício de poucos. Precisa fazer em benefício de muitos.
Foi-se o tempo em que os políticos compravam votos. Isso se inverteu. O eleitor, com o voto, contrata os políticos para uma missão mediante compromisso assumido em campanha.
Quem entender essa mudança de comportamento do eleitor saberá utilizar a melhor linguagem para convencê-lo de que, nos governos ou nos parlamentos, saberá multiplicar o valor recebido, criando oportunidades para todos. O voto vale um Amazonas ou um País melhor para se viver.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.