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Bactérias e vírus em self service em tempo de pós - Covid em Manaus


Por Raimundo de Holanda

17/04/2022 19h30 — em
Bastidores da Política



Muitos vírus e bactérias se espalham pelas gotículas de saliva quando se fala. E tem gente, você sabe, que praticamente fala cuspindo. Desde a pandemia as pessoas de um modo geral suprimiram vários gestos que revelam aproximação e afeto: o beijo, o aperto de mãos, o abraço. Mas esse tempo passou, ou está passando.

Ninguém, depois de um longo tempo de abstinência, vai abrir mão de um beijo calmo e doce, ou afoito, invasor e atrevido, que se  estende pelo corpo e invade as partes mais íntimas de quem se ama. São riscos que se corre, por paixão e desejo.

Mas o descuido com a saúde - que neste caso vale a pena  - termina aí.

Não dá, por exemplo, ir a um restaurante self service e admitir que pessoas sem máscara falem junto ao balcão térmico onde estão  expostos os alimentos, mulheres ao celular sem máscara ao se servirem. A contaminação dos alimentos por bactérias e vírus é evidente.

Esse comportamento, agora frequente em Manaus depois que o uso de máscara foi parcialmente abolido, deveria ser  alvo de uma campanha do governo ou dos próprios proprietários de restaurantes, para que máscaras fossem utilizadas no momento em que o cliente está próximo as gôndolas se servindo.

Isso é respeito com o outro e independe de pandemia de covid. É saúde pública, que se revela também em pequenos gestos. É responsabilidade de todos, e não apenas do Estado. É o cuidado com o outro, de quem, ao que parece, nos distanciamos a cada dia.

A dica agora vai para os proprietários da Pãozinho, uma padaria muito frequentada e de conceito ainda muito bom. É preciso restringir o acesso a área de alimentos de pessoas sem máscaras. O cuidado com a saúde dos clientes é também responsabilidade de cada proprietário de restaurante…

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.