Bienal de Veneza mantém visão da curadora Koyo Kouoh, morta neste mês
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A 61ª Bienal de Veneza, que ocorre de 9 de maio a 22 de novembro de 2026, manterá o projeto exatamente como foi concebido pela diretora artística Koyo Kouoh, morta aos 57 anos em 10 de maio de 2025.
O tema e título, "In Minor Keys", foram revelados pela instituição nesta terça-feira (27). O anúncio seria feito em 20 de maio, mas foi adiado após a morte repentina de Kouoh.
"Entre meados de outubro de 2024 e início de maio de 2025, Koyo Kouoh trabalhou intensamente para desenvolver o projeto curatorial, definindo seu arcabouço teórico, selecionando os artistas e as obras, designando os autores do catálogo, determinando a identidade gráfica da exposição e a arquitetura dos espaços expositivos, e estabelecendo um diálogo com os artistas convidados a participar", afirmou a instituição.
A visão da curadora será mantida com o propósito adicional de "preservar, valorizar e disseminar amplamente suas ideias e o trabalho que ela perseguiu com tanta dedicação até o fim".
A equipe selecionada por Kouoh será composta pelos consultores Gabe Beckhurtst Feijoo, Marie Helene Pereira e Rasha Salti; o editor-chefe Siddhartha Mitter; e assistente Rory Tsapayi.
Mais detalhes, como os artistas convidados, os países participantes e a identidade gráfica da Bienal serão anunciados na apresentação oficial, em Veneza, em 25 de fevereiro de 2026.
Kouoh havia sido nomeada como diretora artística da Bienal de Veneza em novembro de 2024, após o encerramento da 60ª edição.
Nascida em Camarões e radicada na Suíça, ela era diretora executiva do museu Zeitz MOCAA, na Cidade do Cabo, na África do Sul. Ela seria a sucessora do brasileiro Adriano Pedrosa, diretor do Masp.
ASSUNTOS: Arte e Cultura