O candidato Luiz Navarro é um comunista tão convicto que ainda não aceitou o fim do regime soviético como modelo político ideológico. Quando propõe o transporte fluvial em Manaus a bordo de um Ekranoplan Volga-2 (1985), de oito lugares, ele apenas sente saudades do tempo em que a velha URSS consumia milhões de dólares em pesquisas e protótipos inúteis. Talvez Navarro não saiba que o Volga 2 só plana em ondas de até meio metro. Na hora do vento da tarde no rio Negro ele teria de parar.

ROTULAGEM ANACRÔNICA

Os estrategistas da coligação “Experiência e Renovação” estão conduzindo a campanha para uma rotulagem anacrônica que a sociedade vem rejeitando nas últimas eleições. Candidatos que optaram por lançar na arena política o denuncismo e as disputas jurídicas   acabaram perdendo  as eleições no Amazonas e em Manaus.

A classe média  avalia seus candidatos por propostas e comportamento: pessoal, ético e moral. Do “Caso Lurian” à “Farsa do Ovo” a sociedade conquistou avanços significativos na comunicação com a força da mídia eletrônica e das redes sociais.

O uso de golpe sujo, o jogo de desgaste aos adversários no “tapetão” jurídico causaram estragos nas campanhas de quem até poderia vencer. Não são mais ações de campanha que a sociedade do terceiro milênio aprove. Que o diga Amazonino, remanescente da velha escola, que sofreu suas duas únicas derrotas eleitorais (2004 e 2006) por conta de campanhas “sujas”.

CHICO NA FRENTE

Os números do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas a respeito das doações aos candidatos ao governo estadual revelam que o líder, no momento, é o deputado estadual Marco Antonio Chico Preto (PMN), que informou ter recebido R$ 153 mil. Eduardo Braga (PMDB), José Melo (Pros) e Marcelo Ramos (PSB) receberam R$ 100 mil cada e Herbert Amazonas (PSTU) 39 mil.

SEM PRIORIDADE

O candidato ao governo estadual Abel Alves (PSOL), caso se eleja governador, afirma que não tem prioridades específicas.

LE MONDE E MARINA

De um lado, o PT e o PSDB se unem numa mesma estratégia eleitoral para “ignorar” a nova candidata do PSB, Marina Silva. De outro, o primeiro mundo analisa a entrada de Marina na disputa direta como o fator novo da mudança pretendida pelos brasileiros. O jornal francês Le Monde circulou na semana com uma matéria sobre a candidatura de Marina Silva, onde o diário acredita que a candidata pode mudar o rumos das eleições presidenciais brasileiras e ameaça a reeleição da presidente Dilma Rousseff, hoje a 43 dias do pleito.