Em Manaus, presidente da Colômbia sugere legalizar cocaína para proteger a Amazônia
Presidente da Colômbia rouba a cena em Manaus ao falar sobre legalização de drogas em evento do governo federal pic.twitter.com/xwVCvsg3rG
— Portal do Holanda (@portaldoholanda) September 9, 2025
Manaus/AM- O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, gerou debate durante evento com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (9), em Manaus, ao defender a legalização da cocaína como forma de combater o desmatamento na Amazônia. Petro argumentou que a política atual, coordenada por países como os Estados Unidos, falhou e causou mais danos à região e aos jovens latino-americanos.
"Amanhã, se a cocaína fosse legalizada no mundo, não haveria essa destruição da selva amazônica", declarou Petro, criticando o que chamou de "política fracassada" imposta por Nova
York. O presidente colombiano ressaltou que a proibição enriquece as máfias e leva à violência, enquanto a legalização permitiria que o Estado regulasse e taxasse a substância, assim como ocorre com a maconha e o álcool em alguns lugares.
Críticas à política de drogas atual
Petro questionou a eficácia da guerra às drogas, apontando que o uso de substâncias mais perigosas, como o fentanil, tem crescido nos Estados Unidos. Ele argumentou que, no passado, o número de mortes relacionadas à cocaína era menor, assim como o de mortes por maconha. "Quantas pessoas morreram na América Latina... porque legalizaram a maconha?", indagou, referindo-se aos impactos da proibição.
O presidente da Colômbia classificou a política atual como "uma estupidez latino-americana", que leva jovens para a prisão por crimes menores, enquanto a produção de drogas continua, enriquecendo o crime organizado e destruindo o meio ambiente. Segundo ele, o tema deve ser discutido "sem temor, sem constrangimento, sem vergonha".
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