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Em vistorias, Defensoria constata que faltam aparelhos, médicos e remédios em UPAs

Por Agência O Globo

30/08/2016 12h26 — em
Rio de Janeiro



RIO — A Defensoria Pública do Rio, em visita a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais dos bairros de Bangu, Ricardo de Albuquerque e Marechal Hermes, se deparou uma série de irregularidades, como a redução do número de médicos e outros profissionais de Saúde, desabastecimento de insumos, materiais e medicamentos, problemas nos exames laboratoriais e falta de monitores e ventiladores mecânicos até mesmo nas salas de emergência vermelha (destinada a pacientes graves) e amarela. Todas as informações constam em relatório que será entregue amanhã à Secretaria de Estado de Saúde. A Defensoria disse também, em nota que o prazo para um posicionamento formal da pasta será de sete dias, e “que a partir daí, serão adotadas medidas coletivas cabíveis para que o atendimento seja normalizado”.

Segundo a defensora Thaisa Guerreiro, coordenadora de Saúde e Tutela Coletiva, faltam itens básicos nas três unidades. Ela cita agulhas, luvas, esparadrapos, potes para coleta de urina, reagentes para exames laboratoriais, colchões e até lençóis. A limpeza também é um item precário.

— Isso acontecia basicamente com todas as três UPAs. Esses pontos são comuns. Eles não têm fornecido medicamento para as pessoas levarem pra casa. A população procurava muito as Upas em busca dos medicamentos. As UPAs foram feitas exatamente para essas pessoas que não conseguiam ser tratadas no hospital — diz a defensora.

Thaisa ressalta também que houve a falta de profissionais de Saúde comprometia o atendimento nas três unidades. Ela acredita que as unidades podem voltar a ter serviços comprometidos nos patamares de dezembro do ano passado, quando algumas emergências chegaram a fechar as portas por falta de condições de receber pacientes.

— Infelizmente, tenho que dizer isso — conta. — Algumas UPAs reduziram a equipe de médicos. Com isso, a gente tem 3 clínicos gerais e 2 pediatras, tanto de dia como de noite. Nas salas amarela e vermelha, você tem sempre que ter um médico lá. Então, fica um só um no atendimento da UPA, o que faz com que você tenha que restringir o atendimento. Às vezes, o médico tem que ir na ambulância. Isso impacta no atendimento.

Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde disse que vai multar a Organização Social Lagos Rio, que administra as três unidades, em R$ 350 mil por unidade. “As coordenações das UPAs de Bangu, Marechal Hermes e Ricardo de Albuquerque informam que as três unidades seguem em funcionamento e estão abastecidas com materiais e medicamentos". A pasta disse também que "já solicitou a relação de insumos às unidades e os estoques serão repostos até esta sexta-feira (2/09)", e que "realizou também um inventário para checar a necessidade de reposição de equipamentos nas unidades e até o fim da semana vai substituir monitores e ventiladores respiratórios que estejam danificados”.


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