Manaus/AM - O Ministério Público do Amazonas (MPAM) pediu à Justiça do Estado a condenação do ex-governador José Melo, sua antiga cúpula de segurança pública e da empresária Nair Blair por improbidade administrativa, pelo contrato de R$ 1 milhão para a prestação dos serviços de monitoramento de jogos da Copa do Mundo em Manaus. Esse contrato “fantasma” foi uma das principais provas do processo que levou à cassação de Melo por compra de votos em 2014. 

Além de Melo e Blair, o promotor de Justiça Edilson Martins denunciou o ex-secretário Estadual de Segurança Paulo Vital, o ex-secretário executivo adjunto de Segurança para Grandes Eventos coronel Dan Câmara, da ex-secretária executiva de Segurança Pública Circe Maria Lima Gandra Batista, e dos coronéis Raimundo Ribeiro de Oliveira e Raimundo Rodrigues da Silva. 

O promotor pede na Ação Civil Pública a devolução do valor do contrato devidamente corrigido, algo em torno dos R$ 1,7 milhão até junho deste ano, além do bloqueio dos bens de todos os acusados. Pela prática de improbidade administrativa os denunciados podem perder os direitos políticos e os oficiais podem ser expulsos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

O processo está em tramitação na 1ª Vara de Fazenda Pública do Estado na relatoria do juiz Ronnie Frank Torres desde o dia 23 de julho, data em que iniciou sua movimentação de acordo com o número do processo 0624229-57.2018.8.04.0001