Lula não morreu, mas seu espólio é disputado ferozmente pela esquerda. Como não morreu, se apropriar de seu nome (como fez o deputado amazonense José Ricardo) ou de seu legado, é uma  violência, ainda que justificada como apoio ou forma de reconhecer  a importância política do ex-presidente. Afinal, o que essa esquerda quer fazer de Lula ? Um novo Getúlio ? 

Curioso que ao discursar no dia de sua prisão, Lula quase repete a carta testamento de Getúlio Vargas: “O Lula não é o Lula. O Lula é uma ideia. O Lula é uma ideia assumida por milhões de pessoas. E elas não sabem que o Lula já renasceu em milhões de mulheres e homens”. 

Getúlio desistiu da vida em  24 de agosto de 1954 deixando uma carta dizendo: "querem destruir-me a qualquer preço. Tornei-me perigoso aos poderosos do dia e às castas privilegiadas'". 

Sua influência se estende até hoje. Não se deseja isso para Lula, mas seus aliados parecem um tanto ávidos para se apossar do seu legado.

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Por falar em Getúlio, caso estivesse vivo ele faria na próxima semana, 19 de abril, 132 anos…

RAIMUNDO, O NOME

Bem melhor que Lula  foi Carlos Drumond de Andrade, no seu poema “Sete Faces”. Como  Raimundo, nunca entendi a desfeita do poeta com esse nome:

”Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.”
 

Se Lula fosse Raimundo poderia ter sido mais humildade e admitir que é um nome, não uma ideia… 

ALIADOS ONTEM, INIMIGOS HOJE

Disputas intestinas por poder e vaidades pessoais deixaram as mudanças resultantes da janela partidária ‘confusas’ e mal explicadas. Aliados de longas datas acabaram se trombando e causando ‘rachaduras’ nas composições armadas pelos caciques.

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Até ontem não se sabia ao certo se os dois grandes grupos políticos que se formaram com a janela aberta vão permanecer ou se transformar em três, com a janela agora fechada.

VETO DERRUBADO

Ontem, na votação de um veto do governo na Assembleia Legislativa, ficou evidente que a base aliada não se recompôs do trauma. O veto foi derrubado por 16 votos a 4.

 VICE  POR EXCLUSÃO

Eleito ontem 3º vice-presidente da mesa diretora da CMM, o vereador Wallace Oliveira se tornou também o vice-prefeito de Manaus, considerando a renúncia do titular Marcos Rotta e dos demais integrantes da linha sucessória, que vão disputar as eleições deste ano.

JOGO PESADO

Otimista, o presidente da CMM, vereador Wilker Barreto, aposta em um time de candidatos fortes para impulsionar o PHS no Estado. A aposta envolve o ex-secretário municipal de Saúde, Homero de Miranda Leão e os vereadores Felipe Souza e Marcel Alexandre que disputarão cadeiras na Aleam e na Câmara Federal.

IGREJA E FRED

Evangélico, o vereador Fred Mota é um dos ungidos da Igreja Internacional da Graça de Deus, comandada pelo missionário Romildo Ribeiro Soares, na disputa eleitoral deste ano. RR Soares o quer deputado federal em outubro.