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Investigação chega ao Amazonas


Por Raimundo de Holanda

31/01/2016 23h43 — em
Bastidores da Política



Carnaval à parte, a semana política promete ser agitada. O que muitos temiam aconteceu. A megaoperação Lava Jato da Polícia Federal amplia seu raio de ação para ‘esquemas’ regionais envolvendo gente graúda da política do Amazonas, do Pará, do Maranhão e do Rio. A proposta de delação premiada dos 11 executivos da construtora Andrade Gutierrez foi finalmente assinada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Segundo o colunista Lauro Jardim (de O Globo), o que está prometido atinge diretamente políticos como Sérgio Cabral, os senadores Edison Lobão e Jader Barbalho, e o senador e ministro Eduardo Braga.
 
O senador Eduardo Braga substituiu no início do ano passado o colega Edison Lobão no Ministério de Minas e Energia, porque Lobão já aparecia como suspeito de envolvimento em processos fraudulentos no sistema energético. A presidente Dilma e o PMDB articularam a troca no ministério, mas não levaram em conta que seria inevitável que operação Lava Jato também investigasse  as possíveis ramificações do esquema de propina nos estados, onde as empreiteiras acusadas realizaram obras milionárias   
 
MAIS NOMES

 No Amazonas, a Andrade Gutierrez ficou responsável pelas obras do Prosamim e ganhou a licitação para a construção da Arena Amazônia.  Se o acordo de delegação com executivos da empresa apontar  o envolvimento de Braga em supostos atos ilícitos, muito provavelmente outros nomes vão aparecer.
 
SUSPEITO, APENAS SUSPEITO


Por enquanto, não se pode afirmar que Braga está envolvido em atos ilícitos, até porque se trata de uma informação muito preliminar divulgada por um colunista de O Globo. Mas  a suspeita já é nociva para a imagem do senador, que briga na Justiça para tomar o mandato conquistado nas urnas pelo governador José Melo.    
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.