A guerra pela Zona Franca de Manaus
- O superintendente da Suframa é “um soldado”; recebe ordens, bate continência e pronto.
- Chamar os economistas de ignorantes não nos dará forças para vencer a batalha. Eles são técnicos e costumam avaliar relatórios.
Não é hora de ‘guerrear’ contra o governo ou contra os seus membros. A Zona Franca está sendo acossada por mudanças estruturais no país. E não nos preparamos para este momento.
Há muito os amazonenses perderam o comando político da Suframa e agora ficou mais difícil: o comando é militarizado. O superintendente é “um soldado”; recebe ordens, bate continência e pronto.
Chamar os economistas de ignorantes não nos dará forças para vencer a batalha. Eles são técnicos e costumam avaliar relatórios. Eles não são daqui e não terão interesse em ajudar.
Os ‘amigos’ deles são empresários, banqueiros e políticos do Centro-Sul.
A floresta derrubada, na opinião deles, renderá trilhões de dólares. O agronegócio, muitos bilhões. Os minerais também. Essa é a visão: a mata esconde um ‘grande garimpo’.
Aos amazonenses resta reconciliar o capital intelectual técnico com os recursos políticos e ‘fechar questão’ em torno de uma mudança gradual, que não mexa abruptamente no modelo - porque, como já dissemos neste mesmo espaço - é o que temos. Bem ou mal é o que temos. Resta agora assumir metas e cumpri-las.
ASSUNTOS: Bolsonaro, famazôinia, paulo guedes, zona franca de manaus
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.