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Jovem criar site que reúne dicas de turismo LGBT pelo Brasil

Por Portal Do Holanda

03/04/2016 9h55 — em
Tecnologia



Em 2015, ele foi apontado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia da Bahia como uma das figuras mais inovadoras do estado. Aos 25 anos, Fernando Sandes é estudante de Ciência da Computação na UFBA (Universidade Federal da Bahia) e sua principal paixão é traduzir a tecnologia em impactos sociais. A segunda, viajar.

Sendo assim, decidiu unir tudo isso em uma empreitada só: o site Viajay, que reúne dicas de turismo LGBT em cidades brasileiras. Lançado este mês, o projeto já possui raízes em sete capitais e deve se tornar um aplicativo em breve.

Confira um bate-papo com Fernando: 

Como surgiu a ideia do Viajay? teve a colaboração de alguém na concepção?

Fernando: A ideia surgiu quando eu estava programando uma viagem e percebi a dificuldade que se tem ao buscar informações relacionadas ao entretenimento gay nas cidades brasileiras. Geralmente, a informação está espalhada em vários sites e portais diferentes e, na maioria das vezes, está desatualizada. O Viajay trabalha justamente para captar, organizar e concentrar informações relacionadas a estes locais para facilitar a vida dos viajantes e baladeiros de plantão.

Há intenção de criar um aplicativo?

Fernando: Claro! O projeto tem toda cara de aplicativo, mas, por enquanto, estamos focando em montar um bom produto em termos de conteúdo e utilidade. Construímos o site todo responsivo então é tranquilo acessar a plataforma via celular também.

Por enquanto ele é restrito apenas à programação de salvador? Há pessoas ajudando em outras cidades?

Fernando: Não. Estamos atualmente em sete capitais brasileiras e próximos de aterrissar em mais duas: Brasília e Florianópolis. A equipe, hoje, conta com dez pessoas espalhadas pelo Brasil. A base está aqui em Salvador, mas temos parceiros em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília (que será a próxima cidade a entrar na plataforma).

O que os roteiros LGBT brasileiros trazem de mais bacana pra quem vem de fora do país?

Fernando: Acho que os carnavais fazem diferença nesse ponto, são milhares de gays que ficam encantados com o tamanho e agito das festas. Possuímos também grandes boates, principalmente em São Paulo e no Rio de Janeiro, como a The Week e a D-Edge (que já receberam premiações internacionais) e fazem com que essas cidades não devam nada a nenhuma capital europeia, por exemplo.

Você acha que, de alguma forma, roteiros voltados para o público LGBT podem correr o risco de serem taxados de excludentes ou segregatórios?

Fernando: Acho que não corremos esse risco, já houve o tempo em que estes locais eram verdadeiros guetos e serviam de abrigo para o público LGBT, hoje não há mais tanta necessidade de se esconder e a socialização fora desses locais já é normal, assim como também é normal a socialização de héteros dentro dos espaços destinados a gays. Acredito que a diferença só exista hoje para orientar os que saem interessados em paquerar alguém.

Quais os próximos passos do projeto? E o seus?

Fernando: Estamos trabalhando para chegar o quanto antes a todas as capitais do Brasil e também para funcionar cada vez mais como interface entre o consumidor e as empresas, então já estamos criando e pensando em produtos para melhorar e potencializar os serviços de empresas destinados ao público LGBT. Outro passo importante é a internacionalização da plataforma para fazer com que tanto o turista brasileiro que sair do país quanto o turista estrangeiro que vier possuam informações de qualidade e atualizadas. Estou me formando agora, o Viajay inclusive será tema de meu trabalho de conclusão de curso e continuarei sem sombra de dúvidas trabalhando com tecnologia e inovação, tentando criar coisas legais e úteis para as pessoas.

 

 

 


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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