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Mortes por malária cresceram em 2024 e cortes de financiamento podem complicar resposta à doença, diz OMS

Por Reuters

04/12/2025 11h14 — em
Saúde & Ciência



Por Jennifer Rigby

LONDRES, 4 Dez (Reuters) - A malária matou cerca de 610.000 pessoas em 2024, a maioria crianças pequenas na África Subsaariana, informou a Organização Mundial da Saúde na quinta-feira, alertando sobre os riscos do aumento da resistência aos medicamentos, das mudanças climáticas e dos cortes de financiamento.

O número de mortes foi um ligeiro aumento em relação a 2023, e os números de casos também subiram, de 273 milhões para uma estimativa de 282 milhões, de acordo com o relatório anual de malária da OMS.

Depois de um vasto progresso no início dos anos 2000, a luta contra a malária está estagnada na última década. Embora 47 países tenham sido certificados como livres da malária, outros estão observando um salto nos casos -- em 2024, especialmente Etiópia, Madagascar e Iêmen.

"Muitas pessoas ainda estão morrendo de uma doença que pode ser prevenida e curada", afirmou Daniel Ngamije Madandi, diretor do programa global de malária da OMS.

Ele disse que a crescente resistência aos medicamentos contra a malária e inseticidas usados em alguns mosquiteiros, juntamente com as mudanças climáticas e os conflitos, são fatores que desafiam a resposta à doença, que é transmitida por mosquitos.

O aumento de casos e mortes está em parte ligado ao crescimento populacional, mas a incidência de casos também cresceu no período de 2015 a 2024, segundo a OMS, de 59 para 64 casos por 100.000 pessoas em risco. As taxas de mortalidade diminuíram, mas apenas ligeiramente, de 14,9 para 13,8 por 100.000 pessoas em risco.

O financiamento também está consistentemente abaixo do que é necessário, disse a OMS. Em 2024, o investimento total no controle da malária, tanto dos doadores quanto dos países afetados, chegou a US$3,9 bilhões, muito abaixo de uma meta de mais de US$9 bilhões.

Esse total, e os dados sobre os casos e mortes do ano passado, ainda não levam em conta os cortes na ajuda internacional deste ano, que começaram em janeiro nos Estados Unidos e que tiveram um impacto na luta contra a malária este ano.

"O subfinanciamento da resposta à malária ... traz um risco óbvio, um ressurgimento maciço e descontrolado da doença", disse Ngamije.


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