Chefe da milícia Ecko tentou desarmar policial em van a caminho do hospital
Na tarde deste sábado (12), a polícia deu mais detalhes sobre a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, chefe da maior milícia do Rio de Janeiro. Ele foi baleado durante a operação “Dia dos Namorados”, da Polícia Civil, que tinha como objetivo capturá-lo.
Conforme o subsecretário de inteligência, Thiago Neves, Ecko já havia sido baleado e estava dentro da van da polícia no trajeto até o helicóptero que o levaria ao hospital. No entanto, ele tentou desarmar uma policial, que acabou dando o segundo disparo.
“Ecko foi alvejado com dois tiros. Quando ele tentou fugir pelos fundos [da casa], ele foi alvejado com um tiro. Durante o trajeto da van para o helicóptero, ele tentou tirar a arma de uma policial feminina, e foi efetuado o segundo disparo. É importante ressaltar que a ação foi rápida, o socorro foi bem rápido”, informou ele ao G1.
Outros detalhes passados sobre Ecko foram que ele, embora tivesse à sua disposição cerca de 100 seguranças, chegou à Favela das Três Pontes sem guarda-costas, para visitar a mulher e os filhos.
A força-tarefa apreendeu um fuzil, e uma farda da PM com identificação de “Capitão Braga”. A polícia investiga se ele estava vestido com o uniforme policial ao entrar na comunidade.
Após o segundo tiro, Ecko foi levado de helicóptero, e no heliponto, uma ambulância o buscou. No entanto, ele já chegou morto ao hospital.
A quadrilha miliciana “Bonde do Ecko” domina grande parte da Zona Oeste do Rio de Janeiro e parte da Baixada Fluminense. Segudno o G1, o grupo paramilitar extorque dinheiro de moradores e comerciantes oferecendo uma pretensa segurança em troca, além de explorarem outras atividades como transporte de vans, sinal clandestino de internet e televisão, monopólio de vendas de água e gás.
A “Operação Dia dos Namorados” começou na quinta-feira (10) quando a Subscretaria de Inteligência soube que Ecko visitaria a família no dia 12 de junho. Vinte e um policiais foram à Paciência neste sábado. Ecko chegou por volta das 4h da madrugada na casa da esposa. A casa foi cercada pela força-tarefa.
Ao perceber o cerco, o miliciano tentou fugir pelos fundos, mas foi parado por outra equipe, dando início ao tiroteio.
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