O Tribunal de Justiça do Amazonas recebeu na manhã desta terça-feira a denúncia contra o promotor Ronaldo Andrade, por falsidade ideológica e fraude processual. Ele foi denunciado pelo Ministério Público, depois do cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa de Fernando Pontes, o "Ferrugem", suspeito de comandar uma rede de pedofilia  em Presidente Figueiredo. Durante a ação, o acusado foi morto,

Acompanharam o voto da relatora, desembargadora Carla Reis, os desembargadores Paulo Lima, Mauro Bessa, Cláudio Roessing, Sabino Marques, Jorge Lins e o juiz convocado Airton Luiz Corrêa Gentil. Votaram pelo recebimento Domingos Jorge Chalub, Flávio Pascarelli, Aristóteles Thury e Wellington José.

Antes da votação o Ministério Público pediu que o vídeo do cumprimento do mandado de busca fosse apresentado aos desembargadores que assistiram atentamente toda açäo dos policiais civis do grupo FERA, que resultou na morte de Ferrugem.

A apresentação do vídeo revoltou o advogado Jorge Alberto, que acusou o Ministério Público de em seu memorial dizer que foi o promotor Ronaldo Andrade quem  colocou o revólver na cama. "Esse vídeo não prova nada contra meu cliente. Desafio o MP a mostrar onde esta a fraude da qual meu cliente esta acusado".

Para o advogado o vídeo não mostrou nada, mas para o desembargador Cláudio Roessing, a filmagem monstrou que o promotor cumpriu um mandado de busca e apreensão, envergonhando o Ministério Público.

"O vídeo mostra o promotor que é tido como rigido com policiais, demonstrando que ele é passivo com a ação dos policiais", disse Roessing, afirmando acreditar que o Ministério Público, irá denunciar o promotor por homicídio.

Entenda o caso

Policiais civis e militares desencadearam a Operação "Cachoeira Limpa"  em Presidente Figueiredo no dia 12 de maio no ano passado, resultando  na morte de Fernando Pontes, o "Ferrugem", acusado de comandar um rede de pedofilia no município.