Primeiro-ministro da Hungria sai em defesa de Bolsonaro: "Continue lutando"
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, publicou nesta segunda-feira (21) uma mensagem de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pedindo que o aliado “continue lutando”. Em publicação nas redes sociais, Orbán classificou como injustas as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF), que incluem proibição de uso de redes sociais e o uso de tornozeleira eletrônica. “Ordens de silêncio e julgamentos com motivação política são ferramentas de medo, não de justiça”, afirmou.
A manifestação ocorre dias após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também se posicionar em defesa de Bolsonaro, pedindo que o julgamento contra o aliado seja encerrado “imediatamente”. Bolsonaro responde no STF por suspeita de articular um golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022. As falas de Orbán e Trump reforçam a rede internacional de apoio a Bolsonaro em meio às investigações no Brasil.
Na última sexta-feira (18), o ministro Alexandre de Moraes determinou medidas cautelares contra o ex-presidente, incluindo a proibição de uso de redes sociais, mesmo por meio de terceiros, e de contato com diplomatas estrangeiros. Segundo Moraes, Bolsonaro teria atuado de forma coordenada com o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para intimidar autoridades brasileiras e obstruir as investigações. Eduardo está nos EUA desde o início do ano, onde tem feito campanha por sanções contra Moraes.
Em 2023, Bolsonaro chegou a passar dois dias hospedado na Embaixada da Hungria, em Brasília, após operação da Polícia Federal apreender seu passaporte. Na mensagem mais recente, Orbán voltou a fazer críticas ao Judiciário brasileiro e encerrou dizendo: “Você pode colocar uma tornozeleira eletrônica em um homem, mas não na vontade de uma nação”.
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