As variantes da Covid-19 descobertas no Reino Unido, na África do Sul e no Amazonas, trazem novos desafios e incertezas diante de um vírus que antes de sofrer as mutações, já era novo para a ciência. 

Agora, países da Europa como Alemanha, Áustria e França estão questionando a eficácia das máscaras de tecido contra a nova cepa, e passaram a exigir ou recomendar que a população utilize máscaras cirúrgicas para se proteger contra o novo coronavírus. Obviamente, vale ressaltar que a máscara de pano oferece muito mais proteção do que não utilizar máscara alguma. Mas alguns países já vêm migrando para os modelos mais eficazes. 

Na Alemanha, o estado da Bavária tomou no dia 18 de janeiro uma medida que obriga o público a utilizar máscaras do tipo FFP2 ou N95 no transporte público e em lojas e ambientes públicos fechados. A Alemanha anunciou logo em seguida, no dia 20, que isso valeria para todo o País, mas que aceitaria que o público utilize máscaras cirúrgicas em geral, não somente as dos modelos mais eficientes.

A partir da próxima segunda-feira, 25 de janeiro, a Áustria vai exigir o uso de máscaras do tipo FFP2 em todas as áreas públicas em todo o território nacional.

No último final de semana, um comitê de especialistas em saúde na França recomendou que as pessoas abandonem as máscaras de pano e usem materiais mais protetivos. O país analisa se irá exigir isso formalmente.

No Reino Unido, cientistas pressionam as autoridades para que passe a também exigir o uso de máscaras cirúrgicas.  

As máscaras de tecido passaram a ser adotadas no mundo inteiro devido à alta demanda pelo equipamento de proteção durante a pandemia da Covid-19. No início, profissionais de saúde passaram a enfrentar a escassez de máscaras adequadas para os hospitais devido à alta procura. 

As máscaras de pano, quando utilizadas da forma correta - cobrindo nariz e boca - conseguem reduzir o número de gotículas que as pessoas espalham, mas não filtram o ar que a pessoa respira, sendo possível a infecção através dos aerossóis, as pequenas partículas que flutuam no ar.

 Já as máscaras do tipo FFP e N95 filtram em até 94% as pequenas partículas de ar. São elas as utilizadas por profissionais de saúde em linha de frente contra a Covid-19.

As novas cepas do novo coronavírus estão mostrando a força com novos surtos mundo afora, indicando um alto poder de transmissão, o que está afogando os hospitais e deixando pessoas sem leitos, causando inclusive a crise do oxigênio no Amazonas, um dos lugares do mundo que está sendo devastado pela nova cepa e pelo colapso na saúde. Com informações da Superinteressante e The Guardian.