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Ex-atriz pornô volta a tribunal, e defesa de Trump tenta desacreditar seu depoimento

Por Folha de São Paulo

09/05/2024 10h30 — em
Mundo



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Stormy Daniels volta a depor no julgamento do caso contra Donald Trump nesta quinta-feira (9), dois dias depois de afirmar no tribunal que desmaiou durante encontro com o republicano, em 2006, e depois acordou na cama nua.

O depoimento da ex-atriz pornô, que durou cerca de cinco horas, foi o mais esperado do caso que pode levar o ex-presidente à prisão. Ela retorna ao tribunal sob ofensiva da defesa do ex-presidente de desacreditar seu relato.

A equipe de advogados de Trump questionou a credibilidade de Daniels no primeiro dia. Eles a acusaram de tentar ganhar dinheiro com sua história e sugeriram que ela estivesse mentindo. Trump negou as acusações e disse que não teve relações sexuais com ela.

Se condenado, o republicano poderia receber pena de até 4 anos de prisão, mas nesses casos é mais comum a sentença determinar liberdade condicional para réus primários.

Outra figura importante que ainda deve depor é o ex-advogado de Trump Michael Cohen, hoje rompido com ele e provável testemunha de acusação. Cohen teria pagado US$ 130 mil à atriz pornô Stormy Daniels em acordo para que ela não falasse sobre suposto caso com o empresário, segundo a Promotoria.

Depois, já durante seu mandato na Casa Branca, o republicano teria reembolsado o advogado com depósitos feitos pela empresa de Trump, dinheiro disfarçado de despesas legais da companhia, o que violaria, de acordo com os promotores, as leis de Nova York.

Cohen declarou-se culpado em 2018 e foi condenado a três anos de reclusão, com boa parte do tempo sob prisão domiciliar (ele não precisou cumprir integralmente a pena porque no fim foi beneficiado com redução por bom comportamento).

A sessão do tribunal teve uma pausa na quarta-feira (8), quando a ex-atriz pornô estava prestes a discutir o acordo de silêncio que teria sido pago por Cohen.

Os advogados do ex-presidente devem questionar supostas inconsistências entre a versão atual de Daniels e relatos que ela forneceu no passado, bem como sua motivação para tornar o caso público.

Na segunda-feira (6), o juiz Juan Merchan, responsável pelo caso, multou Trump em US$ 1.000 (cerca de R$ 5.000) e o considerou culpado de desacato ao tribunal pela décima vez, por violar uma ordem que o impede de criticar envolvidos no caso, como a própria Daniels.

Merchan alertou sobre a possibilidade de prender Trump caso as violações persistam, considerando a prisão como "o último recurso", dado o impacto no julgamento em andamento e implicações políticas, especialmente por sua candidatura à Presidência.


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