Janeiro Roxo: Manaus tem busca ativa de casos suspeitos de hanseníase
Manaus/AM - A cerimônia oficial de abertura do “Janeiro Roxo”, campanha para a prevenção e controle da hanseníase, foi realizada na manhã desta quinta-feira (13), na Unidade Básica de Saúde (UBS) José Figliuolo, no bairro Lago Azul, zona Norte, coordenada pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa).
Em 2021, o município de Manaus registrou cem casos novos de hanseníase (sete em menores de 15 anos), com aumento de 44,29% quando comparado aos registros de 2020.
Busca ativa
“Já em 2021, a Semsa reforçou o trabalho de busca ativa e a capacitação dos profissionais, assim como intensificou a oferta de exame dermatológico. Com uma meta para a realização de 42.488 exames em 2021, a Semsa encerrou o ano com 57.350 exames”, afirmou a chefe do Núcleo de Controle da Hanseníase da Semsa, enfermeira Ingrid Simone Alves dos Santos.
Do total de 57.350 exames em Manaus, as UBSs do Distrito de Saúde (Disa) Norte realizaram 23.123 exames, acima da meta anual de 12.035 procedimentos, o que teve impacto direto na detecção de casos, resultando no aumento de número de diagnósticos em residentes na zona Norte.
Além dos 41 casos novos diagnosticados em residentes da zona Norte, houve o registro de 22 casos na zona Leste; 21 casos novos na zona Oeste; 13 casos na zona Sul; e três casos na zona Rural.
“Mesmo com o maior registro de casos em residentes na zona Norte, todas as zonas de Manaus notificam pacientes com hanseníase, sendo que há a possibilidade de subnotificação, ou seja, casos não diagnosticados e sem tratamento”, alertou Ingrid Santos.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica, causada pelo bacilo de Hansen (Mycobacterium leprae) e a transmissão ocorre quando uma pessoa doente, sem ter iniciado o tratamento, elimina o bacilo por meio de secreções nasais, tosses ou espirros. Os sintomas podem surgir entre dois e sete anos a partir da contaminação.
Na fase inicial da doença, os sintomas são caracterizados por lesões na pele, que causam diminuição ou ausência de sensibilidade ou lesões dormentes. Em estágios mais avançados pode apresentar edema de mãos e pés, febre, dor na articulação, ressecamento dos olhos, nódulos dolorosos, mal-estar geral, dor ou espessamento dos nervos periféricos, principalmente nos olhos, nas mãos e nos pés, e a diminuição ou perda de força nos músculos, inclusive nas pálpebras.
A transmissão requer um convívio muito próximo e por um tempo muito prolongado. Por esse motivo é fundamental acompanhar os contatos domiciliares do paciente com hanseníase, para um diagnóstico precoce.
ASSUNTOS: Manaus