O grave comprometimento da ordem pública no Estado do Amazonas revelado pelo domingo de terror em que o Estado capitulou frente a ação do crime organizado impõe ao Governador Wilson Lima que faça chegar ao Presidente da República o reconhecimento de que o Estado está imerso no esgotamento das forças de segurança pública ante a grave ameaça a manutenção da ordem e do respeito aos direitos dos amazonenses que vivenciam um constrangimento em seu direito de liberdade, atemorizados pelo temor de irem as ruas em direção ao trabalho, às escolas e a todas as atividades que exigem o pleno exercício de direitos fundamentais, tolhidos pela ação criminosa do Comando Vermelho na capital e em todo o Estado.

O episódio, clama, pois, pela imediata comunicação formal ao Chefe do Executivo Federal, pois, é sim, caso de se invocar as operações da GLO (Garantia da Lei e da Ordem) previstas no Artigo 142 da Constituição Federal, com o fim de permitir-se que os militares atuem com poder de polícia até o restabelecimento da normalidade, em áreas restritas e por tempo limitado, com vista a preservar a ordem pública.

A população de Manaus e de todo o Amazonas, bem como suas instituições encontram-se em situação de vulnerabilidade, demonstrado pela força do crime, com a vida das pessoas em perigo, com a ameaça do direito do ir e do vir evidenciada, com depredação de patrimônio público e privado, e, dominante com a audácia dos criminosos que se sentiram muito confortáveis em sair às ruas e promover a desordem e o caos.

Regulada pela Constituição Federal, em seu artigo 12 e por Leis Complementares, a operação da Garantia da Lei e da Ordem se impõe como importante instrumento de restabelecimento da ordem pública severamente abalada, impondo-se a Wilson Lima que não retarde o dever de gestor da administração pública regional, como chefe das forças militares, que precisam de reforços, sendo este o único caminho a seguir para o imediato restabelecimento da normalidade e da paz pública, sendo o que todos nós que vivemos neste Estado queremos e merecemos.

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