O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luís Roberto Barroso participou nesta segunda-feira do programa Roda Viva, na TV Cultura, e falou sobre  ações que pedem a cassação da chapa presidencial Bolsonaro-Mourão.

"Onde eu estiver nesta vida, se faz a coisa certa. De modo que, no Tribunal Superior Eleitoral, não há nenhum risco de o presidente ser perseguido nem há nenhum risco de ele ser protegido. Nós faremos o que é certo dentro do direito. Somos atores institucionais, não atores políticos. O que tiver que ser feito, vai ser feito.", afirmou o ministro.

Ao falar sobre o inquérito que apura atos antidemocráticos e resultou na prisão de seis pessoas, pela Polícia Federal, o ministro declarou: "Eu não conheço os fatos que motivaram a prisão das pessoas, portanto não tenho como opinar. O que posso dizer, com certeza, é que militância é uma coisa legítima, mas ameaças, violência e porte de armas tende a serem condutas criminosas. Portanto, é preciso distinguir liberdade de expressão e liberdade de manifestação de ameaças e atentados e violência".

Sobre as eleições deste ano, Barroso explicou: "O custo de prorrogar mandatos tem um custo alto numa democracia, sobretudo porque a Constituição veda uma segunda reeleição, e cerca de 20% dos prefeitos já estão terminando o segundo mandato. [...] Portanto, nisso há consenso entre o TSE, o presidente da Câmara e o presidente do Senado, de nós fazermos [a eleição] neste ano. [...] A saúde pública é nossa principal preocupação, logo atrás vem a preservação da democracia."