Eles são carinhosos, inteligentes e com uma capacidade incrível de compreender o mundo e as pessoas ao seu redor. Não é a toa que o dia de hoje foi dedicado totalmente a eles. O Dia Internacional da síndrome de Down, comemorado anualmente no dia 21 de março, traz a tona a luta pela igualdade de direitos e a inclusão de pessoas com a síndrome em uma sociedade menos preconceituosa e mais acolhedora.

Mas para que isso aconteça é necessário conhecer mais sobre a síndrome e quebrar os tabus que limitam o assunto. Podemos iniciar esse processo lembrando que, no Brasil, existem mais de 300 mil pessoas com a síndrome e que ela não é considerado uma doença, mais sim uma mutação genética, como explica a psicóloga do Hapvida Saúde, Joelina Abreu:

“É uma alteração genética também conhecida como Trissomia 21, justamente porque, em vez de 23 pares de cromossomos, só existem 21 nos casos de síndrome; e no cromossomo 21, em vez de um par, aparecem 3 exemplares, ou seja, a trissomia".

Tal mutação acaba gerando algumas alterações física e psicológicas que afetam diretamente a vida do indivíduo. As principais são o comprometimento intelectual e características como nuca espessa e olhos puxados. Em alguns casos pode ocorrer o déficit de atenção, distúrbios de conduta, mas tudo depende do grau da síndrome. Contudo, é importante destacar que nem por isso eles devem ser classificados como incapazes, pelo contrário, a maioria possui habilidades bem peculiares e interessantes.

É claro que no decorrer da vida eles necessitam de uma atenção especial, como acompanhamento psicológico e médico, mas o mais importante de tudo é o amor e carinho daqueles que fazem parte de seu dia a dia, procurar um grupo de apoio também é extremamente recomendável, como destaca a psicóloga: "O recomendado é que os pais busquem grupos que reúnam outras famílias para troca de experiência e consultoria especializada. É altamente recomendado o acompanhamento psicoterapêutico, tanto para a criança quanto para as famílias".