Comum entre adultos jovens, asfixia durante o sexo tem riscos; confira
A prática de asfixia ou estrangulamento durante o sexo tornou-se comum entre jovens adultos, mas continua altamente perigosa. Uma pesquisa do Instituto para o Combate ao Estrangulamento, no Reino Unido, revelou que mais de um terço das pessoas entre 18 e 34 anos já passou por essa prática em relações consensuais, muitas vezes influenciadas por conteúdos pornográficos que a retratam como algo normal. No entanto, o estudo também mostrou que mais de um quarto dos entrevistados foi estrangulado sem consentimento prévio, o que acende um alerta importante, já que o estrangulamento não fatal é um forte indicador de violência doméstica.
A pesquisa revelou grande confusão sobre os riscos envolvidos. Embora a maioria reconheça algum nível de perigo, as opiniões se dividem sobre a possibilidade de realizar a prática “com segurança”. Muitos não sabem distinguir entre pressionar vias aéreas ou vasos sanguíneos — e essa diferença é crítica. Obstruir a respiração pode levar cerca de um minuto até a perda de consciência, enquanto bloquear o fluxo sanguíneo pode causar desmaio em apenas cinco a dez segundos, muitas vezes sem sinais perceptíveis.
Os riscos são sérios: falta de oxigênio pode causar danos cerebrais rápidos, especialmente em áreas sensíveis como o hipocampo. Além disso, estrangulamento sexual pode gerar lesões físicas, impactos psicológicos e até morte. Entre os sintomas possíveis estão dificuldade para respirar, dor ao engolir, perda de memória e incontinência. Em casos raros, o ato pode até desencadear um AVC, caso um vaso sanguíneo seja lesionado ou um coágulo se forme.
De forma geral, o estudo destaca a necessidade urgente de informação e conscientização, já que muitos jovens misturam experimentação com práticas que oferecem riscos severos — físicos, emocionais e legais.
ASSUNTOS: Saúde e Bem-estar