As mamadeiras são consideradas a salvação para as mães que não conseguem amamentar naturalmente os filhos e sua origem remonta a cinco mil anos. Mas no início do Século 19, elas foram chamadas de “mamadeiras assassinas”, apesar do alto índice de uso.

Isso porque naquela época disseminou-se o uso de um tipo de mamadeira chamada de “Feeding Bottles” ou garrafas de amamentar, que continham um dispositivo permitindo que a criança se alimentasse praticamente sozinha, com a colocação de um tubo de borracha ou bocal que não era substituído, portanto, perfeito para procriação de bactérias mortais.

Isso significava que apenas duas em cada 10 crianças que usavam as mamadeiras sobreviviam nos 2 anos primeiros nos de vida. Nem mesmo a advertência de médicos vitorianos condenando o uso das ‘mamadeiras’ daquela forma, fazia os pais deixarem de comprá-las.

SEM LAVAR

A ideia de usar o vasilhame era  facilitar as atividades domésticas e ajudar na criação dos filhos. E muitas mulheres recorriam ao seu uso, já que assim o bebê podia se alimentar sozinho e com isso as mães tinham um tempo extra para efetuar outras tarefas.

No ano de 1861, uma famosa mulher conhecida como senhora Beeton, orientava o uso da 'mamadeira assassina' em  seu livro que se tornou popular intitulado de “Gestão de Domicílio de Beeton”.

Nos conselhos ela afirmava não ser necessário lavar durante duas ou três semanas, o bico da mamadeira, o que permitia a proliferação de bactérias mortais para muitas crianças. 

Somente 25 anos depois veio outro livro, de Genevieve Tucker, recomendando o contrário, pois revelava que os bicos de borracha eram um bom lugar para micróbios morarem. Tucker dizia que o bico da garrafa de amamentar deveria ser colocado com água fervida escaldante toda vez que fosse usado e não poderia ser rapidamente.

Só a partir de 1894, houve uma mudança do layout da mamadeira reduzindo o tamanho e facilitando limpar o bico, sem aquele tubo de borracha.