Uma campanha de promessas fora da realidade
Manaus está num crescimento horizontal continuado. A medida que a cidade se expande sem nenhum controle, cresce a demanda por transporte, infraestrutura, água, esgoto e energia. Não tem como atender o que não foi planejado e o caos urbano gera doença, pobreza, desemprego.
Em tempos de eleição , essas áreas ocupadas, degradadas e que puxam a expansão da cidade, são alvos da "atenção" dos candidatos, que fazem promessas sem conhecer o orçamento previsto para o ano seguinte e a impossibilidade de cumpri-las.
Fora da realidade os candidatos vivem uma fantasia que cessa à medida que ganham a eleição e sentam na cadeira de prefeito.Neste momento a periferia é esquecida, as promessas são negadas e quem votou acreditando em uma moradia com dignidade recebe a ;polícia com ordem de despejo. Foi assim, na invasão Monte Horebe, foi assim em diversas invasões em Manaus,
A contrapartida ao voto, que viria em forma de benefícios sociais, foi a mão pesada do Estado ou do Município.
MAIS UMA JOGADA ELEITORAL
Uma notícia crime apresentada contra a Amazonas Energia, junto ao MP-AM, traz à baila a discussão a respeito de decisões judiciais e suas abrangências. A queixa é contra o corte de energia por atraso no pagamento, neste período de pandemia, suspenso pela Justiça.
A concessionária alega que a decisão “não acoberta” furtos ocasionados pelos “gatos", nem as ligações à revelia ou clandestinas. A queixa apela no viés político, pedindo a prisão dos sócios da empresa.
Jogada eleitoral.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.