Trump, Bolsonaro, coronavírus e todos os males do mundo
A Caixa de Pandora havia sido aberta com a eleição de Trump em 2016 e começou a espalhar maldades com a eleição de Bolsonaro no Brasil em 2018. O que havia na caixa era doença, mentira, dor e morte. No ano seguinte, 2019, surge o coronavirus na China e se espalha rapidamente, matando milhares de pessoas. Nesta quarta-feira o mundo assistiu estarrecido o trincado do mais antigo cristal da democracia do Ocidente, da sólida e invejável democracia americana, abalada pela invasão do Capitólio.
Pode ser nada amanhã, mas ficou uma grande ferida na Águia Solitária do Norte, sem moral agora para dizer que destino autocratas como Bolsonaro no Brasil, ou Maduro na Venezuela, poderão dar as instituições de seus países, sempre ameaçadas.
Trump deixa um exército de radicais que vão sobreviver, inclusive ao coronavírus, e essa é uma tendência moderna, que tem ramificações na Europa, no Brasil e na América Latina.
Bolsonarismo e trumpismo não são diferentes, têm a mesma soberba, a mesma propensão ao ódio e aversão à ciência. A mesma pretensão à superioridade de pensamento.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.