Seca, alagações: pesadelos sem fim no Amazonas
A novela é a mesma. Nada muda. E o palco é a terra seca num momento e no outro a terra molhada, com vidas perdidas, produção destruída, o que aumenta o índice de pobreza no Amazonas, e leva os governos a fazer investimentos periódicos para atender famílias vulneráveis.
O problema é que não se busca mudar esse cenário. Se há áreas com seca seguida de inundações - o deslocamento definitivo de famílias é absolutamente necessário.
Manter o estado atual é fazer aposta em tragédia e colocar o capital político acima da segurança de cidadãos, a maioria sem qualquer informação, em risco permanente.
Governos estadual e federal devem encarar o problema por outro prisma. Como não dá para alterar as forças da natureza, chegou a hora de investir na retirada de famílias para terras mais seguras, onde possam plantar, colher e viver com dignidade, não de esmolas.
ASSUNTOS: cheia do rio negro, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.