Compartilhe este texto

O adeus do arquiteto dos sonhos: Severiano Mário Porto


Por Raimundo de Holanda

10/12/2020 20h44 — em
Bastidores da Política


  • Severiano Mário Porto sai de cena como mais uma das milhares de vítimas de um vírus que podia matar menos se o governo do Brasil não o tratasse como uma "gripezinha". O melhor do país está sendo perdido a cada dia...

A morte de Severiano Mário Porto, por Covid, tornou esta quinta-feira sombria. Ficaram suas obras - ou o que restou delas em uma cidade que renega a própria história. 
A arquitetura é uma arte. Ela é pura criação. Para Severiano Porto tinha que ter algo de feminino, e isso é visível nos seus  sutis traços curvilíneos que se misturam à natureza .  
A arte esconde o que somos e o que amamos, quando não nos revela.  No caso de Severiano, era explicita sua paixão. Paixão  de homem, paixão de artista, veneração pelo belo, pelo feminino que inspira, que cria e dá sentido à vida.
Severiano nasceu em 30, eu sou de 54. Nos conhecemos  em 1980. Éramos de mundos diferentes,  mas amávamos as mesmas coisas - a natureza  que encanta, as mulheres que seduzem e inspiram a criação.  
Sai de cena como  mais uma das milhares de vítimas de um vírus  que podia matar menos se o governo do Brasil não o tratasse como uma "gripezinha" 
O melhor do país está sendo perdido a cada  dia...

Siga-nos no


Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.