Nem Bolsonaro, nem Lula, nem Moro. Mas quem para presidente ?
Num cenário de guerra, de realinhamento de países e da importância do Brasil como exportador de commodities’, são abertas janelas de oportunidades para o país assumir um papel relevante no cenário global. Mas nada depende apenas da capacidade do setor empresarial de abastecer mercados consumidores de soja, carne, minério de ferro e outros produtos. É preciso um governo focado no desenvolvimento, no aproveitamento de uma oportunidade rara que só surge em momentos como este - no qual o mundo precisa de alimentos e outras matérias primas para manter a economia funcionando. Vamos perder essa oportunidade?
Depende de quem vamos eleger como presidente em outubro. Bolsonaro é uma opção ruim, pois sequer pensa pequeno. Não pensa. É um politico de visão curta, afeito a polêmicas desnecessárias e disposto a conservar o poder a qualquer preço. Sua permanência no cargo, caso seja reeleito, é um passo para transformar o Brasil em uma ditadura, fora a capacidade que terá de mudar o perfil do Supremo Tribunal Federal, com a nomeação de pelo menos mais três ministros.
Já Lula, conhecemos bem. Tem um histórico de realizações, o país cresceu em seu governo, mas escorregou nos escândalos do petrolão e do mensalão.
Poderia ser uma opção, mas cheia de riscos: Lula presidente significa restaurar o poder das centrais sindicais e dos movimentos como o MST, que encolheram a partir do governo Temer.
Empresários não querem mais a volta das greves, que chegaram a um número assustador no governo Lula: mais de 2 mil por ano, atrapalhando as empresas, empacando a produção. O serviço público piorou, o ensino regrediu, com paralisações que só na Universidade Federal do Amazonas somaram 900 dias durante o seu governo.
É preciso uma alternativa, um nome novo. Moro? Nem pensar. Sua atuação como juiz da Lava Jato e as relações promiscuas com o Ministério Público desmoralizaram a justiça que ele e suas decisões representavam. Não, Moro Não. Quem? Há outros pré- candidatos, mas ninguém que possa tornar o Brasil um país melhor para seu povo, respeitado no cenário mundial. E o tempo está passando…
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.